
BRASÍLIA - O foco das tradicionais campanhas carnavalescas do Ministério da Saúde este ano será os homossexuais homens entre 19 e 24 anos. Segundo dados expostos pelo ministro Alexandre Padilha, os casos de infecção por HIV envolvendo esse público aumentou em 10%, em 2011, sendo que entre jovens em geral diminuiu 20%.
Mas a campanha será direcionada, ou seja, na tv aberta haverá uma mensagem de conteúdo mais geral. Como por exemplo, o fato de existir 10 mulheres para cada 8 homens infectadas pela doença nas pessoas entre 13 e 19 anos.
Além disso, a festa do Carnaval, especificamente em Recife (PE), servirá para o treinamento da força nacional do SUS, que está sendo preparada para atuar nos megaeventos esportivos como a Copa de Futebol em 2014 e a Olimpíada de 2016. 'Estamos aproveitando ocasiões onde há grande número de pessoas', afirmou Padilha. (Lucas Marchesini | Valor) - Globo _________________________________________________________________________________
Ministério da Saúde - Estudo de 2007 Mas a campanha será direcionada, ou seja, na tv aberta haverá uma mensagem de conteúdo mais geral. Como por exemplo, o fato de existir 10 mulheres para cada 8 homens infectadas pela doença nas pessoas entre 13 e 19 anos.
Além disso, a festa do Carnaval, especificamente em Recife (PE), servirá para o treinamento da força nacional do SUS, que está sendo preparada para atuar nos megaeventos esportivos como a Copa de Futebol em 2014 e a Olimpíada de 2016. 'Estamos aproveitando ocasiões onde há grande número de pessoas', afirmou Padilha. (Lucas Marchesini | Valor) - Globo _________________________________________________________________________________
Plano inédito estabelece metas para combater a aids entre gays, HSH e travestis
Pela primeira vez, o Ministério da Saúde lançou um plano de ações para conter a incidência da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis entre gays, homens que fazem sexo com homens (HSH) e travestis. Durante o lançamento, nesta terça-feira (25), o ministro José Gomes Temporão reforçou a importância da medida. “É fundamental reconhecer a magnitude da aids entre essa população e priorizar ações efetivas nessa área”.
O plano tem oito objetivos para gays e outros HSH e seis para travestis. No documento, são priorizados temas como a redução das vulnerabilidades associadas à orientação sexual, a garantia do acesso à prevenção da aids, a ampliação de informações sobre essa população e a garantia de ações nas três esferas de governo. Estudos de comportamento sexual do Ministério da Saúde indicam que gays e HSH têm 11 vezes mais chances de serem infectados pelo HIV do que homens heterossexuais.(Portal Saúde.gov.br)
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2012 / 2013 - Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de AIDS e das DST entre GAYS, outros HSH e TRAVESTIS
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO
Desde o início da epidemia, na
década de 1980, a
aids tem sido um problema crítico de saúde também entre gays, outros HSH *e
travestis. Apesar das várias iniciativas e esforços para uma resposta de maior
impacto ao avanço da epidemia junto a esses segmentos, há indicadores de que a
ocorrência de infecção pelo HIV persiste em patamares elevados.
Em pesquisa realizada sobre atitudes
e práticas na população brasileira em 2004 (PCAP-BR) [2], a população de gays e outros HSH de 15 a 49 anos de idade foi
estimada em 3,2%, representando cerca de 1,5 milhões de pessoas. Com essa
estimativa de base populacional dos HSH foi possível calcular a incidência de
aids nesse segmento que, em 2004, foi estimada em 226,5 por 100.000 HSH[3]. Neste mesmo ano, a taxa de incidência para a população geral foi de 19,5 casos
por 100.000 habitantes, indicando, portanto, que a taxa de incidência para HSH
é 11 vezes maior à da população em geral.
Em estudo realizado entre os conscritos do Exército do Brasil em 2002, com a participação de 33.851 jovens de17 a 21 anos, a análise por subgrupo
populacional mostra diferenças significativas na prevalência do HIV, sobretudo
entre HSH e aqueles com 1º grau incompleto. Nessa pesquisa 2,8% dos informantes
relataram relações sexuais com homens e a taxa de prevalência do HIV foi de
0,579% dentre os HSH enquanto que na amostra total desse estudo a mesma taxa
cai para 0,088%.
Em estudo realizado entre os conscritos do Exército do Brasil em 2002, com a participação de 33.851 jovens de
Apesar do crescimento do número de
casos de aids relacionados à transmissão heterossexual, não se observa a redução
da transmissão do HIV por meio de relações sexuais entre homens. Ao analisar o
Gráfico 1, nota-se que ocorreu uma redução proporcional dos casos entre
usuários de drogas, mas não há redução significativa entre HSH, desde o final
dos anos 90.
Entre 2000 e 2005 a proporção de casos de
aids nesse grupo, em relação às demais categorias de transmissão da doença
entre homens, era cerca de 40%. Este fato, somado aos dados comparativos das
taxas de incidência entre HSH e a população em geral, evidencia o impacto da
epidemia entre gays, outros HSH e travestis, bem como subsidia e indica a
urgência da implantação de uma política pública de enfrentamento do HIV/aids
junto a esses segmentos.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional
de DST e Aids. Pesquisa de Conhecimento,
Atitudes e Práticas na População brasileira de 15 a 54 anos, 2004. Secretaria
de Vigilância em saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério
da Saúde, 2006.
Para a estimativa da
taxa de incidência de aids em Homens que fazem Sexo com Homens (HSH) foi
considerada a proporção de HSH por região do Estudo PCAP-BR de 2004 e
estimativas populacionais do IBGE.
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